É preciso tempo, pra que o tempo dê sentido.
- Eumesmo da Silva
- 12 de jun. de 2016
- 1 min de leitura

Não havia mais receios. Deitou-se ao lado dela e o aconchego parecia natural de muito antes. Quem diria que todo medo se esvairia de tal maneira. As paredes criavam um mundo novo onde o sol e toda iluminação ficavam por conta dos seus olhos e todo seu brilho. As vezes faltava até ar. Mas era por causa da força do abraço. Abraço daqueles em que se tenta entrar dentro do outro de tanto querer este por perto. Abraço daqueles que tira dor, medo e toda saudade. Abraço que acalma e deixa tudo mais leve e simples. Os cabelos se espalhavam por todos os lados criando ondulações que seguiam as curvas do sorriso e de todo resto do corpo. O som ficava por conta daquela voz doce e baixa. Quase um sussurro que faz com que se aproximem mais pra se entender. E se entendem. E se encaixam. As pernas se entrelaçam. As mãos se dão. E os lábios se juntam. E o mundo, ali, está completo. O relógio já não andava mais como antes. A vida já não parecia mais sem graça. As vezes é preciso tempo, pra que o tempo dê sentido às coisas. E ainda bem que tenho sentido.
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