Quando a saudade chega.
- Eumesmo da Silva
- 20 de dez. de 2016
- 1 min de leitura

Antes mesmo de partir meu coração já sofre com o aperto futuro do adeus. Antes mesmo de me despedir, já estou ciente das consequências que irei ultrapassar. Antes mesmo de arrumar minha malas, já a sinto pesada e completamente lotada de bons momentos passados. As risadas levo num bolso, as emoções em uma pequena sacola, o amor, ah, o amor, este levo no peito. Deixo-o guardado, entristecido, reflexivo. É complicado quando o caminho se bifurca e o consenso não é atingido. As curiosidades que nos movem nos levam a caminhos antagônicos. Bom, acontece conosco o que acontece a todo segundo com o destino: cada escolha tomada exclui, obrigatoriamente, uma infinidade de escolhas potencialmente "escolhiveis". Antes mesmo de sair pela porta já ouço seus soluços indiscretos, já vejo seus olhos se enchendo de lágrimas. Já vejo suas costas se virando para mim. Antes mesmo de ligar o carro já sinto você me amaldiçoado para as paredes e se culpando. Oh, querida, a culpa não existe. Não chores por homem nenhum. Nenhum amor é maior do que aquele que sente para você. Você será sempre especial. Mas o caminho se bifurca e as mãos não aguentam mais se estender para se segurarem. O caminho segue, a saudade fica.
コメント