Lagrimar.
- Eumesmo da SIlva
- 22 de jan. de 2017
- 1 min de leitura

Tem horas que te vejo como meu ciclo. Te olho, te conheço, te espero, te trago, te ouço, te sinto, e te gosto, te solto, me solta mais ainda, e me choro, e me desfaço. E me refaço , e me sustento, e me saúdo a ex-saudade, e me vivo. E você volta, de mansinho, e aí te falo, te vejo, te sonho, te volto e
te gosto, te solto, me solta mais ainda e me choro e me desfaço. E não aprendo. Mas é que... Você me faz tão bem. Você me faz tão solto. Você me vê tão claro. Você se faz tão linda. Você me vem tão doce. Você me faz tão rir. Você me faz conversar tão fácil que por mim eu só vivia de você. Eu só dizia que queria praia de novo e que queria navegar de novo em teu mar. O mesmo mar turbulento em que naufraguei inúmeras vezes e que mal cabe meu barquinho. O mesmo mar turbulento que já se fez calmo e já se fez meu. O mar que é você. Profundo e raso. Dual. Delirante mar. O mar que eu mais quis domar, tomar, remar e somar. Ô mar, Precisava ser tão genioso assim? Já to sentindo o gosto da água salgada e fria. Só não sei se é do seu mar ou se é dos meus olhos. Olhos estes que ficam a se lagrimar. Não sei. Tem horas que te vejo como meu ciclo...
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