top of page

Pelos quatro cantos do passado.

  • Eumesmo da Silva
  • 14 de set. de 2016
  • 1 min de leitura

Uma cidade tem quatro cantos

Cada canto vários bairros Cada bairro com muitas casas Numa casa muitas pessoas

Quantas pessoas há na cidade?

Quantas Pessoas Na Cidade?

E eu perdido nesta casa, Sem ninguém passando na rua Neste bairro, cada um vive na sua Ninguém se conhece, ninguém vive

Cada rua um quarteirão Cada quarteirão quatro esquinas Cada esquina uma curva E a cada virada de rumo eu mudo quem eu era

Cada rumo uma história Cada história um passado

Cada passado um amor

Quantos amores amassados

Quantos contatos excluídos Quantas mensagens não lidas Quantas pessoas se olhando Quantas verdades não ditas Quantos amores presos num impulso Quantos pulsos o coração bate Quantas borboletas têm que bater asas Para que perceba que ela é a mulher certa?

Cada esquina uma placa Cada placa uma direção Cada direção um fluxo E eu virando na contra-mão

Quantos sentidos mandados Quantas ordens recebidas Quantos trabalhos realizados Quantas páginas não lidas Quantos beijos perdidos Quantos romances inacabados Quantos sentimentos reprimidos Quanta gente desconsolada.

Cada pessoa um sorriso Cada sorriso um propósito Cada propósito uma intenção Cada intenção uma finalidade

Quantos amores de misericórdia Quantos medos da solidão Quantos desejos se acordes Quantas maneiras de ser prisão E viver um mundo de recortes.

Viver a grosso modo É viver grosseiramente Procure alguns detalhes Sem ficar perdido em pontos inúteis A sabedoria que te guia É a mesma que te confunde Confunda-te a ti mesmo.


 
 
 

Kommentarer


Destaque
Tags
bottom of page